quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O homem por detrás de “American Pie” e “About a Boy” não era a escolha óbvia para seguir com “The Twilight Saga: New Moon”, o segundo livro da série arrebatadora de romance vampírico adolescente de Stephenie Meyer. Mas Chris Weitz, que também escreve e produz, algumas vezes com o seu irmão Paul, fez uma adaptação da fantasia de 2007 “The Golden Compass” e sentiu uma conexão com o material. A 20 de Novembro, os fãs de“Twilight” — e a Summit Entertainment, já que é a data de estreia do filme — vão determinar se ele estava pronto para a tarefa.

The Hollywood Reporter: Porque quis fazer um filme “Twilight”?

Chris Weitz: A tonalidade do filme, que tem muito a ver com corações partidos e desejo, depressão, união e arrebatamento — essas foram emoções que me golpearam. Eu realmente adorei o elenco; Kristen (Stewart) e Rob (Pattinson) são excepcionalmente talentosos. E eu quis colocar as minhas mãos no jogo. Havia muita coisa nesse filme que eu sabia como fazer: Uma combinação de contar a história de um personagem, mas também de lidar com os efeitos especiais e trabalhar com jovens actores.

THR: E adicionando outro género de filme para o seu currículo?

Weitz: É muito chato ficar numa zona particular. Eu gosto da idéia de trocar de géneros e diferentes tipos de histórias, para manter as coisas interessantes. Mas essa deve ser a forma de não ser lembrado como director, eu suponho. Não há muitos directores amadores para se lembrar. John Ford fez todos os tipos de filmes. Billy Wilder também, mas eles são lembrados por um estilo em particular.

THR: Então, como quer ser lembrado?

Weitz: Eu não tenho a certeza. Eu não acho que tenha de ser lembrado. Eu vou estar morto mesmo (risos).

THR: Quanto interagiu com Stephenie Meyer?

Weitz: Muito; nós tivemos uma colaboração muito boa. Crucialmente, ela aprovou-me como director, e ela não precisava. Nós tivemos algumas discussões que foram muito importantes — o convencimento dela de que eu não queria levar o bebe dela e fugir com ele, ou contar uma história que é o contrário do que ela estava a tentar contar. Eu vejo-me, nesses últimos filmes que fiz, adaptando propriedades literárias para filme, então é como eu tratei este. Nós seguimos como uma casa em chamas.

THR: Que tipo de sugestões ela deu?

Weitz: Normalmente seria eu a mandar e-mails para ela e a correr com as coisas para ela quando sentia que estava no ponto de errar algum detalhe, tudo dos poderes de um vampiro para o olhar de uma cena particular ou o como ela achou que alguma cena parecia. E algumas vezes, quando senti que estava a criar algo novo com a estrutura que ela montou, tendo a certeza de que ela estava ciente disso e que isso não a deixaria doente.

THR: Por exemplo?

Weitz: Um bom exemplo é a sede dos Volturi. A família mais antiga de vampiros vive na Itália, e era importante para mim que nada na redondeza deles lembrasse qualquer outro filme de vampiros. Então os interiores são feitos numa Renascença clássica e são muito frescos e claros, o que normalmente não esperaria de um filme de vampiros.

THR: Falando em Itália, como lidou com o probelma de o seu galã estar desaparecido na maior parte do livro?

Weitz: Há dois galãs neste filme, não apenas Rob, mas também Taylor Lautner. Parte do ponto estava no facto de Edward estar longe. Os leitores do livro sabem e apreciam isso. A história é sobre perda e mágoa; ele está presente na sua ausência. Bella está sempre a pensar nele e é afectada por ele. O regresso dele ao filme é muito poderoso e tornou-se mais por não ter milhões de cenas de “volta no tempo”. E o filme é sustentado pela performance incrível de Kristen e por Taylor fazer um papél adorável como o seu melhor amigo. Também há pessoas que apreciariam nada mais do que duas horas de Robert Pattinson parado lá, e eu simpatizo com eles. Mas eu acho que eles vão gostar de tê-lo de volta depois do segundo acto.

THR: Então não alterou em nada a história?

Weitz: Não. Nós não queríamos enfiá-lo na história. Eu alterei o visual da história no sentido que no livro, o personagem da Kristen tem alucinações espirituais — ela escuta a sua voz — e nós construímos um efeito muito bonito e subtil que nós veremos ele também. Mas esses são momentos raros. Muito do filme é sustentado pela sua perda e Taylor trazendo-a de volta à vida.

THR: Interagiu com os Twi-hards?

Weitz: Um pouco. Eu não tenho um relacionamento online, directo com os fãs; Eu estava muito ocupado a fazer o filme. Mas eu senti entretanto, que todas as vezes que eu saía na sequência, era uma forma de falar com os fãs. Eu apenas me dirigi directamente aos fãs duas vezes: Bem no início, quando eu disse, “Não se preocupem, eu vou tomar conta desse livro,” e depois para falar de um rumor insano de que todos os Volturi estariam nus durante a sua cena de apresentação. Mas eu ouvi o que eles tinham para dizer, procurando na internet. Eu não fiz muito isso enquanto estava a fimar, porque eu não queria ficar dividido entre um caminho ou outro; seria como ser um político, seguindo apenas votações. Mas agora que a sequencia está completa, eu até que gosto de ver vários sites e ver como eles são.

THR: Qual é o seu blog favorito de “Twilight”?

Weitz: Eu não tenho um favorito. Todos os blogs estão, de uma maneira agradável e não competitiva, caçando e ligados ao material dos outros. Então se alguma coisa sai num blog, provavelmente também estará no outro. Eu acho que é óptimo que os fã-sites não estejam aí para fazer dinheiro, mas para expressar o seu entusiasmo para com os livros e com o filme, e eles estão felizes em partilhar informações com os outros.

THR: Baseado no sucesso do primeiro filme, as pessoas estão à espera um grande filme. Como cria um filme tão esperado, tão grande, quando não tem um orçamento para esse tipo de filme?

Weitz: O orçamento não é muito alto; não precisa de ser. Vem a calhar ser muito eficiente com efeitos especiais. A chave também foi a construção do orçamento e o agendamento das filmagens na Itália. Nós exprememos tudo o que pudemos daquilo.

THR: É verdade que tem uma oferta para o quarto filme da série “Twilight”?

Weitz: Nenhuma oferta oficial foi feita. Os fãs ficaram entusiasmados com as cenas e com o trailer, e o estúdio respondeu a isso, sentindo-se bem comigo. Nós temos de ver como as pessoas se vão sentir com o filme todo, não apenas o estúdio, mas os fãs, antes que seja afirmado se eu vou dirigir ou não o quarto filme. David Slade está a fazer um óptimo trabalho no terceiro filme, e quando ele sair, nós vamos estar no aroma do momento.

THR: O que realmente aconteceu com Rachelle Lefevre a ser substituída para “Eclipse”?

Weitz: Eu não sei muito mais do que todos os outros quando se trata do porquê disso. Eu acho que foi um conflito de agendas. Eu sinto-me muito mal por Rachelle, enquanto, ao mesmo tempo, eu acho que Bryce (Dallas) Howard é uma óptima actriz. Ela fará um trabalho incrível.

THR: Essa foi uma resposta muito politicamente correta. Está a ser treinado?

Weitz: Não, eu realmente acredito que Rachelle é uma actriz muito boa, e muito talentosa, e esse não é o fim do mundo para ela. Eu acho que ela continuaria a ser uma óptima Victoria, mas há outros papéis em que ela será óptima.

Fonte:TwilightPortugal

0 comentários: